Michael Chekhov
Nascido em São Petersburgo,
Rússia, em 1891, o sobrinho do dramaturgo
Anton Chekhov
começou sua carreira artística como o mais
brilhante membro do
Teatro de Artes de Moscou, fundado por
Constantin Stanislavski. Em 1928
Michael Chekhov foi obrigado a
fugir para o exílio e ao longo de três décadas, entre Europa e os
EUA, continuou explorando incansavelmente a sua própria abordagem
psicofísica para a arte de atuar, uma visão que compartilhou com uma
geração de atores, entre eles
Gary Cooper,
Gregory Peck,
Marilyn
Monroe,
Anthony Quinn,
Clint Eastwood,
Yul Brynner,
Lloyd Bridges,
Jack Palance,
Mala Powers,
Beatrice
Straight,
Joanna Merlin (hoje presidente da
MICHA - Michael Chekhov Association) e legiões de
talentos menos conhecidos.
Segundo
Chekhov, o trabalho do
ator consiste em
criar um
evento interior,
uma experiência
que ocorre em
tempo real
dentro dele, e
que
a platéia vivencia
como
expressão externa
relacionada ao contexto
do drama. O fruto deste encontro é algo
muito vivo, verdadeiro, e do momento.
Diferente
do legado de atuação
mais difundido no Brasil, que é frequentemente
associado aos ensinamentos de Stanislavski, este
evento não é
ligado diretamente
à personalidade
ou
à história
pessoal
do ator,
mas deve
ser desenvolvido
usando gesto, a imaginação e o que
Chekhov chama de
Criatividade
Individual. Assim,
é possível
trazer
para o trabalho do
ator não
só os planos
reais, mundanos,
da sua
experiência,
mas também os
terrenos
do subconsciente
onde residem as nossas imagens universais e arquétipas.